Mais língua

Para continuar.

Em relação à língua e à norma, há três atitudes fundamentais:

1) Podemos adoptar um quase "platonismo linguístico", considerando que há uma forma perfeita de falar e escrever, um Português mítico, que pode ser entrevisto (apenas isso) nos grandes clássicos.

2) Podemos cair, por outro lado, na defesa da inutilidade de qualquer norma, disfarçando essa preguiça de "análise linguística".

3) Ou podemos ter trabalho e aprender uma norma que não tolha a criatividade e evolução da língua. Esta aprendizagem sempre foi e só pode ser fundada, em primeiro lugar (que não único) no estudo da literatura, o lugar onde a norma e a transgressão "dançam" de forma mais produtiva.

Parece que não, mas isto tem tudo a ver com a TELBS.

Além de tudo isto, há que não esquecer que cada um usa e abusa da norma ou da transgressão de forma diferente em diferentes contextos. Uma injustiça fatal é avaliar o uso da língua de alguém tendo como base a norma (não) utilizada num contexto onde não o devia ou não podia ser.

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