Quando a Thatcher morreu...

A Teresa chega-me a casa afogueada. Está excitada. Acha que isto vai ser uma luta épica, que vai ganhar, obviamente. Mostra-me um gráfico sobre a Thatcher. Sobre o índice de Gini, ou lá o que é essa treta (isto foram palavras de provocação, sabem que eu não sou assim; sei bem o que é isto, mas pronto). Como aumentou imenso durante os anos da Thatcher, e não sei quê e não sei que mais. Que a bruxa morre tarde, que já lá devia estar. Pergunto-lhe: os que estão no fundo da tabela estavam piores ou melhores no fim do mandato da senhora? Ela indigna-se. Chama-me nomes. Pergunto-lhe: então mas e essa falta de respeito por quem foi a primeira mulher primeiro-ministro do Reino Unido? Ela diz que a Thatcher não conta. Eu digo-lhe para ir bardamerda. Ela começa aos gritos. Digo-lhe que os ingleses têm mais democracia no dedo mindinho do que nós no corpo todo. Ela continua aos gritos. A coisa acaba sempre assim. É divertido.


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