Seleccions catalanes! ou como se deve ser separatista e anti-nacionalista

Sempre tive tendências separatistas, como bem se sabe. Continuo a defender que, ao longo da história, o separatismo foi bem mais pacífico do que o unionismo forçado de qualquer espécie (malgré ETA e outros que tais, que são mais uma espécie de politicamente correcto violento, como tendem a ser todos os movimentos "politicamente correctos").

Mas o meu separatismo não é igual aos outros. Sou pouco nacionalista, apesar de catalão. Aliás, os meus sentimentos são um pouco difusos, neste campo.

O João Miranda, há uns tempos, defendeu o "estado neutro", mesmo em relação às nações. Acho que gosto da noção, apesar das antipatias que provocou. Gostava que Espanha fosse neutra. Que deixasse que as várias "nações" ou "noções de nação" que existem por lá se libertassem dum patriotismo obrigatório. A pessoa devia poder sentir-se castelhana/espanhola, castelhana, catalã/espanhola, catalão, apátrida, portuguesa, curda, se quisesse. O estado seria neutro. Cada "nação" faria o que podia, com o suporte financeiro e humano dos seus membros, que o seriam se quisessem e quando quisessem.

Assim, poderiam surgir selecções catalãs. Selecções bascas. Selecções espanholas. Selecções de La Rioja. O que se quisesse.

O importante é a liberdade e o tremorzinho na pele a ouvir o hino, mesmo que ridículo, devia ser permitido a todos, não apenas aos que têm a nação certa em cada estado.

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